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Baixo peso ao nascer, prematuridade e restrição de crescimento intra-uterino: resultados dos dados de base da primeira coorte de nascimentos indígenas no Brasil (coorte de nascimentos Guarani).

Carla Tatiana Garcia BarretoFelipe Guimarães TavaresMariza Miranda Theme FilhaMariza Miranda Theme FilhaLídia de Nazaré PantojaAndrey Moreira Cardoso
Published in: BMC pregnancy and childbirth (2020)
As taxas de prevalência de BPN, prematuridade e RCIU foram 15,5, 15,6 e 5,7%, respectivamente. As chances de BPN foram menores em recém-nascidos de mães que vivem em casas de tijolo e argamassa (OR: 0,25; IC 95%: 0,07-0,84) e foram maiores em filhos de mães ≤20 anos de idade (OR: 2,4; IC 95%: 1,29-4,44) e com anemia crônica antes da gravidez (OR: 6,41; IC 95%: 1,70-24,16). A prematuridade foi estatisticamente associada ao tipo de fonte de energia para cozinhar (fogão a lenha - OR: 3,87; IC 95%: 1,71-8,78 e fogueiras - OR: 2,57; IC 95%: 1,31-5,01). RCIU foi associado à primiparidade (OR: 4,66; IC 95%: 1,68-12,95) e anemia materna crônica antes da gravidez (OR: 7,21; IC 95%: 1,29-40,38). CONCLUSõES: Idade materna, estado nutricional e paridade, condições de moradia e exposição à poluição interna foram associados com resultados perinatais na população indígena Guarani. Esses resultados indicam a necessidade de investir no acesso e melhoria da assistência pré-natal; também no fortalecimento do Subsistema de Saúde Indígena, e em ações intersetoriais para o desenvolvimento de políticas habitacionais e de saneamento e melhorias ambientais ajustadas às necessidades e conhecimentos dos povos indígenas.
Keyphrases
  • iron deficiency